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Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)

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terça-feira, 31 de março de 2020

"Covid-19. Alguns ensinamentos"

Pedro Vaz (@pedromvaz) | TwitterAo sétimo dia da Declaração de Estado de Emergência e 28 dias após os primeiros casos confirmados de infetados com o coronavírus COVID-19 conseguimos retirar, já, alguns ensinamentos sobre o sucedido, que nos poderão ser úteis no futuro. A ordenação e numeração não tem qualquer significado especial, apenas servem para identificar cada um deles. Assim e ao correr da pena: Não obstante o vertiginoso mundo das redes sociais, a vida em comunidade é algo intrínseco à nossa existência. Conseguimos, pois, dar mais valor às pequenas coisas do viver em sociedade. Desde o simples ato de irmos às comprar ao convívio presencial com os nossos amigos e familiares;
Os gigantes das redes sociais, desde que tenham vontade, conseguem combater de forma muito mais eficaz as chamadas “fake news”, sem necessidade de regulação adicional, como se comprova o que têm estado a fazer nesta matéria em relação à COVID-19;
As grandes empresas nacionais e multinacionais poderiam fazer muito mais ao abrigo do mecenato, como se comprova a disponibilidade imediata de apoio com ventiladores, equipamentos de proteção individual, etc. Se não o fazem mais é porque não querem e não por indisponibilidade;
É possível fazer muito mais no que diz respeito à compatibilização entre vida pessoal e profissional, nomeadamente através dos mecanismos de teletrabalho. Nem toda a atividade profissional exige a presença física em determinado local, nem sequer horários de trabalho que tornam o trabalhador improdutivo. A legislação laboral já possui as ferramentas apenas necessita da vontade de quem toma as decisões;
As novas tecnologias (“software” e outras ferramentas) têm uma utilidade enorme no que à partilha de informação e trabalho dizem respeito e que pouco ou nada eram exploradas em contexto de trabalho;
A Administração pública precisa urgentemente de rever os procedimentos e utilização de ferramentas digitais no seu trabalho. Veja-se, a título de exemplo, a forma de reporte no Sistema Nacional de Saúde relativamente aos infetados com o coronavírus;
As relações com as instituições de economia social por parte da tutela precisam urgentemente de uma revisão. Desde a falta de informação sobre o funcionamento das IPSS, número de trabalhadores, etc., à articulação permanente que é necessária existir;
As centrais de compras no Estado são uma boa ideia sem o funcionamento efetivo para o qual foram criadas. Veja-se os problemas de centralização de informação quanto às necessidades de material (ventiladores, máscaras, gel desinfetante), bem como à aquisição. Tem sido um “salve-se quem puder”;
O país precisa de um verdadeiro plano de atuação em matéria de saúde pública e de informação relativamente aos planos de emergência da proteção civil. A informação e formação deveria começar na escola e ter dimensão de conteúdo curricular;
No respeito pela autonomia constitucional das diversas entidades públicas terão de ser criados canais mais institucionais de relacionamento e partilha de informação e decisão entre todos os atores;
A legislação referente aos mecanismos econômicos de apoio a empresas e à economia podem ser mais desburocratizados e de melhor acesso em situações normais;
Há uma maior consciência pública acerca da imprescindibilidade de muitas profissões que são consideradas menores por muitos de nós. Com a greve do ano passado dos condutores de matérias perigosas já tínhamos tido uma amostra disso, mas agora todos vemos com outros olhos os caixas e repositores de stocks nos supermercados, os estafetas de bens, os cantoneiros de limpeza, os polícias, os padeiros, os auxiliares nos lares, etc. São muitas as profissões que usualmente são desconsideradas por muitos e que hoje são a garantia que as coisas não estão piores.
A História nada significa para uma parte considerável dos líderes europeus e confirma-se o que já suspeitávamos aquando da crise econômica pós 2008 – perdeu-se algures nas últimas décadas a solidariedade europeia. É cada vez mais difícil ser um europeísta convicto.
Pedro Vaz/Caminho Político

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