
A diretora da unidade de doenças emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou ainda que não é possível prever como a pandemia se desenvolverá. "É impossível dizer quando atingirá o pico global. Esperamos que seja mais cedo do que mais tarde."
As declarações foram feitas num momento em que a Europa amplia suas medidas restritivas para tentar conter o avanço do coronavírus, com vários países suspendendo aulas e aumentando os controles nas fronteiras. Ghebreyesus disse que essas medidas podem ajudar, mas enfatizou que os países precisam adotar "uma abordagem abrangente".
O diretor-geral da OMS ressaltou ainda a necessidade de fazer mais para "detectar, proteger e tratar" os casos. "Não é possível combater o vírus sem saber onde ele está", acrescentou, pedindo que os países continuem descobrindo e isolando todas as infecções para romper as cadeias de transmissão.
"Qualquer país que analisa a experiência de outros países com grandes epidemias e pensa 'isso não acontecerá conosco' está cometendo um erro mortal", destacou Ghebreyesus.
Michael Ryan, que dirige o programa de emergências da OMS, afirmou que as chamadas medidas de distanciamento social são um "método testado e comprovado" para retardar a propagação do vírus, mas "não são uma panaceia" capaz de parar a transmissão de Sars-Cov-2 por conta própria.
"Como parte de uma estratégia global abrangente, existe espaço, especialmente dentro das fronteiras nacionais, para possíveis restrições de movimento entre regiões como vimos em certos lugares", disse Ryan. "Mas raramente há uma justificativa para proibições totais, a menos que o contexto e o risco definam isso."
Epicentro da epidemia na Europa, a Itália reportou nesta sexta-feira que o número de novas infecções ultrapassou 2,5 mil em 24 horas. No mesmo período, houve 250 novas mortes. Ao todo, o país já contabiliza cerca de 17,6 mil casos e 1.266 mortes.
CN/rtr/afp/lusa/ap/cp
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