
Há boas medidas e más medidas adotadas por gestores de todas as linhas ideológicas possíveis, até mesmo as mais absurdas, como os governos do Turcomenistão, Belarus e Nicarágua, que simplesmente negam a existência de um problema causado pelo coronavírus.
Entre o que podemos chamar de ação do Estado há procedimentos adotados nas mais diversas áreas de atuação. Não devemos, sob nenhuma hipótese, limitar este trabalho à área da Saúde, esquecendo-nos de todos os outros setores, como Economia, incluindo aqui indústria e comércio, Educação, Infraestrutura, Agricultura e tantos outros.
Um Estado agindo no tempo certo determina medidas que visem mitigar a curva de crescimento, incrementa a capacidade da rede de hospitais, coloca dinheiro nas mãos daqueles que, de uma hora para outra, perderam seu sustento, ajuda as empresas que de repente deixaram de funcionar, mantém abertas linhas para o envio de suprimentos, alimentos, profissionais, enfim, atua de forma multisetorial, equilibrando todas as áreas.
A hora exata e a amplitude das medidas tomadas são os dois fatores que precisam ser levadas em consideração pelos gestores públicos. Uma medida radical demais, ou branda demais, pode desequilibrar toda a cadeia de ações, causando danos irreversíveis, uma vez que estamos tratando de vidas e mortes.
Por tudo isso, a pandemia deixará, quando passar, e ela vai passar, duas importantes lições. A primeira delas é a de que precisaremos repensar uma série de questões, como a inclusão nas áreas estratégicas de setores que ao longo dos anos foram relegados à segundo plano e que se mostraram muito importantes nesta corrida contra o tempo e pela vida.
A segunda, tão importante quanto a primeira, é a de que, independentemente da ideologia, esquerda, direita, liberal, conservador, progressista, o que difere bons e maus gestores é a capacidade que eles possuem em tomar medidas no momento certo e na intensidade adequada.
Fábio de Oliveira é advogado, contador e mestre em ciências contábeis
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