
Além disso, com a utilização da ferramenta, é possível fazer a avaliação do diagnóstico diferencial, como outras patologias que apresentam quadro clínico semelhante, auxiliando o infectologista a acompanhar a evolução da doença e avaliar se o paciente precisa ser internado em uma enfermaria ou ser encaminhado a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A tomografia pode ainda ser útil quando não se tem disponibilidade dos testes sorológicos para a COVID-19, e nos casos em que esses testes atrasam o resultado da entrega para conduta de um eventual isolamento social.
As observações que podemos detalhar no relatório, incluem ou não a evidência de processo inflamatório agudo, a extensão e se esse achado é consistente com a etiologia viral e possivelmente relacionada ao Coronavírus.
Podemos também estimar a extensão do acometimento do parênquima pulmonar, o que tem sido relatado como um importante fator prognóstico pelos estudos mais recentes.
Os achados tomográficos mais comuns descritos no relatório sobre o vírus são as opacidades pulmonares com atenuação em vidro fosco, aspecto descrito na tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR), acometendo ambos os pulmões.
Portanto, a tomografia tem papel importante na avaliação do paciente com suspeita de COVID-19 e deve ser solicitada sempre que houver indicação clínica.
Dr. Nathália Simi Mendonça é médica radiologista, especialista em Medicina Interna e faz parte do corpo clínico do Instituto Médicos de Diagnósticos por Imagens (IMEDI)
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