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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ELEIÇÕES NOS EUA: Autoridades eleitorais dos EUA não encontram indícios de fraude

Levantamento do jornal "New York Times" contatou autoridades de todos os 50 estados americanos. Nenhuma, incluindo republicanos, corroborou acusações de fraude propagadas por Trump. Autoridades eleitorais dos 50 estados americanos - tanto republicanas quanto democratas - apontaram que não encontraram indícios de fraude na disputa presidencial, que terminou com a vitória de Joe Biden. Responsável pelo levantamento, publicado na noite de quarta-feira (11/11), o jornal New York Times aponta que as declarações desmentem as alegações do presidente Donald Trump e de membros do seu círculo, que vêm propagando acusações de fraude no pleito, sem apresentar qualquer prova.
Derrotado por Biden tanto na contagem do colégio eleitoral quanto no voto popular, segundo projeções, Trump tem se recusado a aceitar o resultado e já vem contestando a eleição nos tribunais.
Mas, se depender das autoridades eleitorais dos 50 estados americanos, Trump não terá o que mostrar para validar suas acusações.
O New York Times ouviu diretamente representantes eleitorais de 45 estados. Nenhum deles forneceu elementos para apoiar a causa de Trump ou apontou qualquer indício de fraude no processo. Autoridades eleitorais de outros quatro estados já haviam divulgado que as eleições ocorreram sem qualquer problema.
Apenas as autoridades do Texas, um estado onde Trump venceu, não responderam ao jornal. Mas o NYT ouviu um porta-voz do condado de Harris, o mais populoso do Texas, que respondeu que a eleição foi "muito tranquila".
Algumas autoridades estaduais relataram o registro de alguns problemas menores, comuns em eleições, como falhas técnicas e alguns poucos votos duplicados, que foram logo corrigidos. Uma revisão completa está sendo efetuada antes da emissão dos certificados para os vencedores.
No geral, considerando o comparecimento recorde na eleição e as restrições causadas pela pandemia, praticamente todas as autoridades mostraram satisfação com a forma como a eleição se desenrolou.
"Há uma grande capacidade humana de inventar coisas que não são verdadeiras sobre as eleições", disse ao jornal Frank LaRose, um republicano que atua como secretário de estado de Ohio. "As teorias conspiratórias e rumores e todas essas coisas correm soltas. Por alguma razão, as eleições geram esse tipo de mitologia", disse.
Steve Simon, um democrata que atua como secretário de estado de Minnesota, disse: "Não conheço um único caso em que alguém argumentou que um voto foi contado quando não deveria ou não foi contado quando deveria. Não houve fraude".
"O Kansas não experimentou nenhum problema sistemático generalizado como fraude eleitoral, intimidação, irregularidades ou problemas de votação", disse um porta-voz de Scott Schwab, republicano que atua como secretário de Estado no Kansas. "Estamos muito satisfeitos pela forma como as eleições se desenrolaram até este ponto."
Na terça, o vice-governador do Texas, o republicano Dan Patrick, anunciou um fundo de US$ 1 milhão (R$ 5,40 milhões) para oferecer recompensas a quem apresentasse provas de que houve fraude eleitoral. Não há notícia de quem alguém tenha recebido parte do valor até agora.
No sábado, o advogado pessoal de Donald Trump, Rudolph Giuliani, organizou uma coletiva de imprensa no pátio de uma empresa de jardinagem da Filadélfia para denunciar uma "fraude generalizada" nas eleições na Pensilvânia, um estado que se revelaria decisivo para a vitória de Biden.
Mas Giuliani não apresentou provas convincentes. Ele arregimentou supostas testemunhas de fraudes, que falaram aos jornalistas. Mais tarde, foi revelado que uma delas nem sequer era residente na Pensilvânia. Para piorar, a tal testemunha tinha ficha criminal, acumulando uma condenação em Nova Jersey por se expor sexualmente para crianças.
As autoridades eleitorais rejeitaram as acusações de Giuliani, afirmando que o pleito no estado foi "justo e seguro". "Repetir esses falsos ataques é imprudente", disse Jacklin Rhoads, porta-voz do procurador-geral da Pensilvânia, Josh Shapiro. "Nenhuma evidência apresentada até agora mostrou, problemas generalizados", disse, ao NYT.
Outra testemunha citada pelo grupo de Trump, Richard Hopkins, um funcionário do Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), voltou atrás em seu depoimento e afirmou ter forjado a evidência que provaria fraudes na contagem de votos em Erie, na Pensilvânia.
Inicialmente, Hopkins alegou que um funcionário dos correios com cargo de chefia em Erie teria instruído os carteiros a mudar a data de entrega das cédulas enviadas depois de 3 de novembro, dia da eleição. De acordo com essa versão, isso teria permitido que votos inválidos pudessem ser contados. Alguns republicanos influentes logo passaram a espalhar a história e um inquérito foi aberto. No entanto, em depoimento, ele desmentiu suas afirmações prévias.
Uma batalha sem provas
Trump não só não reconheceu o resultado da disputa. Pouco depois do pleito, ele chegou a declarar vitória prematuramente, muito antes da apuração completa dos votos, e denunciou repetidamente, sem apresentar evidências, que está sendo vítima de fraude eleitoral generalizada.
Nos últimos dias, membros do seu governo também passaram a abraçar mais abertamente a narrativa do chefe. Na terça-feira, ao ser questionado sobre a transição de poder, o secretário de Estado Mike Pompeo afirmou que haverá uma "transição de poder suave para um segundo mandato de Trump", sinalizando que o círculo do presidente pretende arrastar a questão até pelo menos a metade de dezembro, quando o Colégio Eleitoral oficializar o resultado.
Trump já deixou claro que pretende contestar o resultado nos tribunais, especialmente na Suprema Corte, onde o republicano indicou três dos nove juízes. Sua campanha também chegou a pedir recontagens em vários estados-chave, mas não foi bem-sucedida. Os republicanos ainda agiram para tentar barrar a contagem de votos em três estados. As ofensivas causaram ultraje nos EUA e foram criticadas até mesmo por alguns republicanos.
Paralelamente, Trump também celebrou os bons resultados do Partido Republicano na eleição para a Câmara dos Representantes, mas neste caso evitou apontar qualquer suspeita de fraude no pleito.
Não é a primeira vez que Trump recorre a esse tipo de tática sem qualquer base. Em 2016, ele venceu no Colégio Eleitoral, mas perdeu no voto popular para Hillary Clinton. Com o ego ferido, disse que os democratas haviam arregimentado milhões de imigrantes ilegais para votar. Uma comissão foi formada pelo seu governo para investigar. Nenhuma evidência de irregularidade foi encontrada, e o colegiado foi extinto em 2018.
Na terça-feira, diante da insistência de Trump em não reconhecer a derrota, o democrata Biden afirmou que a atitude do republicano é uma "vergonha". "Nós vamos seguir, vamos adiante, de maneira consistente, construindo juntos nosso governo, a Casa Branca, e revisando quem iremos escolher para os cargos de gabinete, e nada vai impedir isso", disse o democrata.
JPS/ots/cp
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