Estudantes de Comunicação da UFMT conquistam dois prêmios nacionais

No dia 10 de dezembro, data do aniversário de fundação da Universidade Federal de Mato Grosso, a instituição ganhou mais motivos para comemorar. Após uma concorrência em que disputaram 3822 estudantes, duas produções de graduandos dos cursos de Comunicação Social, que já haviam sido reconhecidas como as melhores da região Centro-Oeste, foram premiadas nacionalmente na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). Eles concorreram com produções premiadas de representantes das outras quatro regiões brasileiras. O estudante de Jornalismo Marcos Salesse ganhou o prêmio nacional na modalidade “Fotografia artística” com o trabalho intitulado “No tempo, na pele e no fervo: o registro de quem carrega nas linhas do corpo a história do movimento Drag em Cuiabá”. A fotografia premiada, orientada pela professora Tamires Coêlho, estampa a 6ª edição da Revista Fuzuê, veículo laboratorial do curso de Jornalismo e traz a drag queen Elza de Brasil, personagem famosa em Cuiabá.

Estudantes de Radialismo, Jornalismo e Publicidade e Propaganda venceram juntos a modalidade de “Comunicação e Inovação”, liderados pela estudante de Radialismo Verônica Rocha, após concorrerem com uma produção feita na TOCA - Agência Experimental de Comunicação. “Comunicação acessível e multimidiática na cobertura da Liga das Nações de Vôlei” foi fruto da transmissão e cobertura radiofônica em redes sociais feita pela agência em 2019 da etapa da Liga das Nações de Vôlei” em Cuiabá, em uma parceria com a Associação Matogrossense dos Cegos (AMC) e a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). A cobertura foi orientada pelos professores Luãn Chagas, Tamires Coêlho, Dôuglas Ferreira e Pâmela Craveiro.

O trabalho da Agência TOCA também marcou história em Mato Grosso: Verônica Rocha foi a primeira mulher negra a narrar uma transmissão ao vivo de um evento internacional no estado. Jenisson Bartniski, um dos integrantes da cobertura, enfatiza que é uma experiência muito importante, fruto de um desafio acadêmico. “Estamos super felizes de sermos premiados com um trabalho que tratou da Comunicação Acessível, graças à parceria que fizemos com Associação Matogrossense dos Cegos”.

Para Marcos Salesse, o prêmio é símbolo de uma conquista coletiva. “Sinto-me extremamente honrado em ver que um trabalho feito com o intuito de saudar e aplaudir a arte Drag mato-grossense tenha saído vitorioso em uma premiação nacional. É mais uma prova de que a UFMT segue avançando e que estudantes LGBTI+ podem chegar onde quiserem, sempre reconhecendo aqueles e aquelas que vieram antes”, afirma.

“O prêmio é parte de um reconhecimento fundamental para nossos estudantes, projetos e ações da Comunicação no âmbito nacional que demonstram mais uma vez suas potencialidades na universidade pública e sua relação direta com a comunidade, um aprendizado mútuo e de impacto social”, explica Luãn Chagas. Tamires Coêlho destaca ainda que “é importante mostrar à comunidade de Mato Grosso que a UFMT tem uma produção de excelência, mesmo concorrendo com universidades com melhor infraestrutura, sobretudo dos eixos Sul-Sudeste do Brasil. É preciso investir mais na universidade pública, na produção comprometida com a sociedade, para que avancemos na qualidade de vida e no reconhecimento do estado”.

Além dos prêmios nacionais, concedidos pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), a UFMT também obteve 13 prêmios regionais (12 no campus de Cuiabá e 1 no campus Araguaia) em outubro de 2020 e se destacou como uma das universidades mais premiadas no Centro-Oeste pela entidade neste ano. A cerimônia virtual de premiação está disponível no Youtube.

Tamires Ferreira/Caminho Político

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