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domingo, 12 de setembro de 2021

Ruas voltam a ser palco de protestos anti-Bolsonaro

Protestos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua, que apoiaram Bolsonaro em 2018 e depois romperam com presidente. Atos que pretendem ser ensaio de "frente ampla" dividem setores da esquerda. Após as manifestações de esquerda de maio e junho que romperam o monopólio bolsonarista das ruas, neste domingo (12/09) é a vez de grupos de direita contrários a Jair Bolsonaro liderarem manifestações que pretendem ser o ensaio de uma "frente ampla" contra o presidente.
Os atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua, grupos de direita responsáveis pelas gigantescas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016. Posteriormente, os grupos apoiaram indireta ou abertamente a candidatura de Bolsonaro em 2018, mas romperam com o presidente depois da posse.
Atos contra Bolsonaro estão previstos em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e outras capitais. Eles ocorrem poucos dias após o presidente instrumentalizar o feriado de 7 de Setembro para convocar manifestações antidemocráticas contra o Supremo Tribunal Federal e tentar demonstrar que seu governo combalido ainda tem alguma força.
Na ocasião, Bolsonaro fez discursos golpistas contra a Corte, que provocaram repúdio em boa parte da classe política e até consequências negativas na economia, reavivando discussões sobre o impeachment do presidente.
No dia seguinte, Bolsonaro publicou uma nota em tom de recuo – que foi recebida com ceticismo, considerando que o político já interrompeu ofensivas anteriormente para voltar à carga em momento mais oportuno.
Adesão de setores da esquerda
Os atos deste domingo ganharam a adesão de alguns partidos de centro-esquerda, como o PSB e o PDT. O PCdoB também declarou apoio, assim como as siglas de direita ou centro-direita Novo, Cidadania, PSL, PSDB e outras. Figuras da política, como o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o e senador Álvaro Dias (Podemos-PR), também confirmaram presença. Algumas centrais sindicais aderiram.
"Irei à manifestação do dia 12 na Avenida Paulista e sempre tentarei ir a outras manifestações que forem convocadas contra Bolsonaro. Seja qual for o sacrifício e risco que isso represente, há algo maior que tudo: o futuro do Brasil e da nossa democracia", escreveu Ciro Gomes no Twitter.
Para ampliar a participação nos protestos e conseguir a adesão de membros da esquerda, os organizadores abandonaram oficialmente um dos motes originais da convocação: "Nem Bolsonaro, nem Lula", que defendia a aglutinação de forças numa "terceira via" que não contasse com nenhuma das duas figuras polítcas. Agora, os atos vão focar no "Fora Bolsonaro".
No entanto, mesmo com o abandono oficial do "Nem Bolsonaro, nem Lula", o histórico de grupos como o MBL afastou o PT, principal partido de esquerda do país e, segundo pesquisas, o favorito para derrotar Bolsonaro em 2022. Organizações aliadas da legenda, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), também rejeitaram participar.
Além de ter liderado os protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, o MBL tem um passado notório de espalhar boatos e fake news contra figuras de esquerda, incluindo a vereadora assassinada Marielle Franco, que foi pintada por páginas do MBL como uma figura "envolvida com bandidos".
"Enquanto construímos esta grande manifestação de unidade pela democracia, pelo Brasil e pelos direitos do povo, incentivamos todos os atos que forem realizados em defesa do impeachment”, se limitou a afirmar a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter, sobre os atos de domingo.
Críticos da posição do PT em não aderir aos protestos acusam o partido de não querer dividir protagonismo nem desejar genuinamente o impeachment de Bolsonaro, preferindo esperar o pleito de 2022 – que se desenha favorável a Lula. Já os defensores da posição petista apontam que são grupos enfraquecidos como o MBL que querem voltar a recuperar influência às custas de organizações de esquerda, e que os direitistas do MBL são ideologicamente indistinguíveis do bolsonarismo. Os defensores ainda duvidam da disposição de partidos como o PSDB de realmente apoiar um impeachment.
Frente ampla?
No entanto, algumas figuras da centro-esquerda e da esquerda favoráveis aos protestos afirmaram nas últimas semanas que a formação de uma "frente ampla" contra Bolsonaro precisa superar ressentimentos ou ambições eleitorais imediatas. Na história brasileira do pós-guerra, houve registro de vários episódios em que velhos ferrenhos adversários se uniram em prol de uma causa comum.
Na ditadura, o direitista Carlos Lacerda, o centrista Juscelino Kubitschek e o esquerdista João Goulart chegaram a formar um grupo político contra o regime. Às vésperas da redemocratização, vários políticos da antiga Arena (o partido de sustentação do regime) se aliaram com oposicionistas do PMDB para deter a candidatura à Presidência do populista de direita Paulo Maluf.
"É hora de unirmos forças da esquerda à direita pelo impeachment desse presidente tirano e incompetente. Todos aqueles que realmente querem a saída de Bolsonaro precisam estar juntos neste momento", disse nesta semana o presidente do PDT São Paulo, Antonio Neto.
"O PCdoB decidiu participar também porque está empenhado em construir para mais adiante atos cívicos nacionais, suprapartidários, organizados pelo conjunto das oposições. Constituir uma frente ampla. E participar do dia 12 ajuda viabilizar esse projeto", declarou o secretário nacional de comunicação do PCdoB, Adalberto Monteiro.
Jean-Philip Struck/Caminho Político
@caminhopolitico @cpweb

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