Empresa que produz material jornalístico orientado por dados e focado em pautas de gênero e raça, a Gênero e Número levantou e organizou depoimentos e informações sobre casos típicos de racismo no Brasil. Diretora de conteúdo e coordenadora do projeto, Maria Martha Bruno explica que o objetivo é visibilizar episódios de racismo e "seus efeitos nefastos". "Sobretudo em um país que teima em negar o racismo cotidiano, inclusive nas altas esferas de Brasília, como mostram atitudes e declarações do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, e de Jair Bolsonaro”, prossegue Maria. Ela explica que a coleta de dados começou em um survey online realizado em outubro último. "Nos próximos meses, os dados coletados serão analisados sob os ângulos qualitativo e quantitativo”, explica Flávia Bozza Martins, pesquisadora e analista de dados da Gênero e Grau. Segundo ela, o recorte qualitativo será realizado por análise de conteúdo. A ideia é identificar padrões de ocorrência de categorias, além de fazer inferências de dados verbais, visuais ou escritos. Os resultados poderão ser quantificados, contextualizados e correlacionados.
Já o recorte quantitativo vai sistematizar, sumarizar e analisar dados sociodemográficos, a fim de referenciar os relatos. Os resultados das análises serão exibidos em visualizações de dados usadas em outras reportagens e projetos especiais da Gênero e Grau, como o Open Box da Ciência.
Criada há 5 anos, a empresa já fez mais de 150 reportagens sobre a população negra. “Nossa discussão sobre o racismo e o protagonismo desta parcela da população não está restrita ao dia ou ao mês da Consciência Negra. Racismo à Brasileira é um projeto que continua a documentar o racismo invisibilizado que o Brasil vive todos os dias”, afirma Vitória Régia da Silva, repórter da Gênero e Número.
Depoimentos sobre o racismo podem ser enviados para a Gênero e Número pelos emails mm@generonumero.media e vitoria@generonumero.media
Assessoria/Caminho Político
Foto:Tomaz Silva/Agência Brasil
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