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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Cobrado por Zelenski, Bolsonaro diz estar "do lado da paz"

Em entrevista veiculada na terça-feira, presidente ucraniano havia pedido uma posição do Brasil sobre a guerra. Bolsonaro vem tentando manter posição neutra desde o início do conflito. O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quarta-feira (20/07) à cobrança feita um dia antes pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, que criticou a "neutralidade" do brasileiro sobre a invasão russa, e afirmou estar "do lado da paz". A declaração foi dada a apoiadores que o aguardavam em frente ao Palácio da Alvorada. "Apanhei muito porque fui para a Rússia. [Dizem] 'Tem que estar do lado da Ucrânia…'. Estou do lado da paz. Se eu tivesse como resolver a guerra, já teria resolvido", afirmou Bolsonaro.
Em entrevista veiculada pela TV Globo na terça-feira, Zelenski havia cobrado uma posição brasileira sobre a guerra, comparando a atitude do governante brasileiro com a de líderes que permaneceram neutros durante o início da Segunda Guerra Mundial. Ambos os presidentes conversaram pelo telefone na segunda-feira, a primeira vez desde o início da guerra.
"Ontem [segunda-feira] eu falei com o presidente Bolsonaro e sou grato a ele por essa conversa. Não foi a minha primeira conversa com o presidente do Brasil. Eu não apoio a posição dele de neutralidade. Eu não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo", afirmou Zelenski.
"Na Segunda Guerra Mundial, muitos líderes ficaram neutros num primeiro momento. Isso permitiu que os fascistas engolissem metade da Europa e se expandissem mais e mais, capturando toda a Europa. Isso aconteceu por causa da neutralidade. Ninguém pode ficar no meio do caminho, ninguém pode dizer ‘vou ser um mediador'. Mediador de quê? Um mediador na guerra? Entre quem?", disse o ucraniano.
"Preciso de uma posição do Brasil"
"A guerra não é entre a Ucrânia e a Rússia, é a guerra da Rússia contra o povo ucraniano. Porque, mais uma vez, eles estão no nosso território. Nós não chegaremos a um meio-termo porque um país declarou guerra contra o outro. Não. Um país capturou uma parte do nosso território há oito anos", disse Zelenski, fazendo referência à anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
"E nessa época havia muitas pessoas que queriam ser mediadoras e permanecer neutras. Por causa disso, permitiram, desde 2014, que a Rússia lançasse essa segunda onda de invasão, e eles estão invadindo outras partes. Esse é o significado de ‘neutralidade'", criticou. "Portanto, eu não apoio essa posição. Eu disse isso para o presidente: ‘Preciso de uma posição do Brasil'", acrescentou.
Zelenski afirmou que a Ucrânia não ficaria neutra e apoiaria a soberania brasileira caso uma situação semelhante acontecesse no Brasil.
"Precisamos do apoio que mencionei ontem ao presidente. Eu disse para ele: ‘Queremos o apoio do Brasil'. Eu disse: ‘Se amanhã alguém atacar vocês, não ficaremos neutros, independentemente do histórico da nossa relação com esse país que venha a violar a sua soberania. Se alguém capturar a sua terra, matar o seu povo, estuprar as suas mulheres, torturar as suas crianças, como poderei dizer que sou neutro? Eu não tenho esse direito, esse é o mundo moderno'. Escolhendo a neutralidade, permitimos ao senhor Putin pensar que não está sozinho neste mundo, só isso. E as outras coisas, relações comerciais, são secundárias", afirmou Zelenski.
Respondendo a uma pergunta sobre a conversa com Bolsonaro, o ucraniano disse que o brasileiro afirmou apoiar "a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
"Eu quero acreditar nisso. Ele me falou assim: 'o Brasil realmente compreende a dor do que está acontecendo com vocês, mas a nossa posição é neutra'", relatou Zelenski. O governo brasileiro não divulgou detalhes sobre a chamada.
Relação amistosa com Putin
Desde o início da guerra na Ucrânia, Bolsonaro vem tentando manter uma posição neutra sobre o conflito. O presidente brasileiro tem uma relação amistosa com o presidente russo, Vladimir Putin, com quem se reuniu em Moscou poucos dias antes do início da guerra, e não chegou a condenar a invasão russa do país vizinho como os países ocidentais – mas tampouco faz críticas duras às sanções do Ocidente aplicadas contra Moscou, como a China.
Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disseram em junho que o Brasil quer comprar diesel da Rússia, e que um acordo estaria sendo negociado com o país para adquirir o combustível a um preço mais baixo, em dois meses.
bl (ots)cp
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