Aliança Democrática (AD) e Partido Socialista (PS) estão tecnicamente empatados, com 29,54% e 28,67% respectivamente, nas eleições legislativas. Com quase 100% dos votos apurados, os conservadores da Aliança Democrática (AD), liderados por Luís Montenegro, e os socialistas do PS, de Pedro Nuno Santos, estão tecnicamente empatados nas eleições legislativas de Portugal, segundo dados divulgados na noite deste domingo (10/03). Após a contagem de 98,91% dos votos, o AD lidera com 29,54% e 77 assentos, seguido de perto pelo PS, com 28,67% e 74 assentos. Como terceira força e grande vencedor do dia está o partido de extrema-direita Chega, com 18,05% dos votos e 46 assentos, quase quatro vezes a mais do que os 12 que havia conquistado nas eleições de 2022.
Guinada à direita
O eleitorado de Portugal totaliza 10,8 milhões. Os resultados preliminares apontam para uma guinada de à direita se somados os votos da AD e do Chega, após mais de oito anos sob o primeiro-ministro socialista António Costa.
Se os dados se confirmarem, nem a AD, nem o PS terão maioria para formar governo, tornando necessária uma coalizão. O Chega almeja uma inédita participação do governo, alternativa rechaçada por Luís Montenegro em sua campanha.
Os números também mostram o fracasso dos socialistas, que em 2022 haviam conquistado a maioria absoluta de 120 dos 230 assentos, obtidos com 41,37% dos votos.
As eleições legislativas foram antecipadas em dois anos em Portugal, depois de Costa ter entregado o cargo devido a uma investigação anticorrupção que atingiu alguns de seus aliados próximos.
Ascensão do Chega
Liderado por André Ventura, o Chega tem uma plataforma política ancorada nos temas tradicionais de partidos populistas e de ultradireita ocidentais: mobilização do discurso anticorrupção, temas da "guerra cultural" como aborto e direitos LGBT e críticas a imigrantes, e promessas de restringir a imigração.
Apesar das críticas frequentes de Ventura à imigração e da disparada de denúncias de xenofobia contra brasileiros – os casos registrados subiram 833% de 2017 a 2022 – a comunidade brasileira com direito a voto em Portugal é parte da base eleitoral do Chega. No total, ela compõe de 4% a 8% dos habitantes do país europeu, incluindo os imigrantes regularizados e irregulares, e portadores de dupla cidadania.
le/av (EFE, AFP, ots)Caminho Político
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