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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

O caso Havaianas, uma doença

A doença se chama a solidão da exclusão. Assim se formam as seitas, gerando a sensação de pertencimento que tanto falta aos desgarrados da sociedade. Seja por problema cognitivo, por carência, miolo mole, rejeição social, agressividade, ausência de afeto, falta de empatia ou até de companhia.
Esses párias sociais se conectam em rebanhos. O gado! Todo gado precisa de um pastor. Foi essa a fórmula para o crescimento extraordinário das igrejas neopentecostais no Brasil. Assim elas se formaram e se tornaram uma das principais forças do poder na América do Norte.
Elas não têm coerência nem lógica, muito menos um receituário religioso comum. São uma colcha de retalhos de religiões com um traço comum: a cobiça financeira. Seu "livro" é a Bíblia, que cada líder de seita interpreta a seu modo, de acordo com a conveniência. Via de regra têm nomes esdrúxulos – "Bola de Neve", "Chave da Vitória", "Ouro Refinado" etc. O nexo não importa, a incongruência é mérito.
Unidos em bandos, grupos, que se multiplicam em milhões de indivíduos, eles não se importam por serem pilhados, entregam aos "obreiros" até aliança, óculos, dentaduras. O que importa?! Importa o pertencimento, sentirem-se não apenas um enjeitado solto no espaço. Importa ser manada, e não se ofendem. A sensação é de júbilo, alegria transbordante.
Some-se a isso a espiritualidade das religiões incongruentes, sem cabeça nem pé. Seja ele o pé direito, o esquerdo, sejam os dois pés. Estejam eles calçados ou não; estejam os pés juntos, até mesmo no caixão – alguns entregam a vida com prazer, orgulho até.
Como aqueles hoje de pés e punhos algemados, os do 8 de janeiro. Enfrentam as prisões sórdidas brasileiras com os pés erguidos, sensação do dever cumprido.
Esta é a pandemia 2.0 engendrada pelos oráculos de Bolsonaro, os Malafaias, as Damares, os Sóstenes dos sacos pretos de lixo entupindo suas gargantas profundas e armários com milhões, talvez bilhões, jamais saberemos, pois a fé remove as montanhas e os leões do Imposto de Renda, que não lhes é cobrado.
"Dízimo", foi o "dízimo do domingo", dirá como último argumento o Sóstenes dos 470 mil. Uma "miséria" perto da coleção de jatinhos. Ave, Sóstenes!
Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247 e do Caminho Político.
Assessoria/Hildegard Angel/Caminho Político
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